Entrada

O que eu poderia dizer? A mansao é enorme! Um pouco velha e a cair aos pedaços!
Parei em frente ao portão, tinha um certo ar misterioso. Empurrei o velho portao,
entrei com cuidado.

-Isto é um pouco assustador...

Cheguei á porta, finalmente, depois de muito andar. Tirei as chaves do bolso e abri-a.
Entrei, estava tudo... limpo?

-EH?!? Nao sabia que tinha empregados! Isto tá tudo muito limpo!!

Cheguei encostado à parede para que ela não me visse.
Espreitei...
Corri até ela e fechei a porta.
Encostei-a à parede agarrando-a para que ela não pudesse fazer nada.

-Fica calada...

Fechei os olhos e li-lhe a mente.

-Venderam-te a minha casa?!? Humanos inúteis...

o cheiro dela estava a propagar-se pelo ar... Estava a tornar-se insuportável..
Eu estava cheio de sede de sangue... Não resistiria por muito mais tempo...

Assustei-me, tudo tinha sido rapido demais. O meu coração batia mil á hora.
O que ele estava a dizer?! E quem é que ele pensa que é?

-Esta mansao estava á venda...á mais de 25 anos...

Disse, olhando nos seus olhos. Eram bonito? O.õ O que raios estou eu para aqui
a dizer?!? Ele agarrava-me com força e estava proximo demais.

-Olha, nao sei quem és...nem se eras o dono disto..mas please...solta-me!

Era impossível continuar... Eu tinha de a morder.

-Não tenho nada contra ti... Mas...

Eu não conseguia continuar a falar...
Aproximei-me do seu pescoço e as minhas presas perfuraram-o...
Suguei parte do seu sangue até que fiquei totalmente saciado...
Quando voltei a mim afastei-me um pouco incrédulo.
Recuei mas cai... O meu corpo termia.

-Eu não acredito... Voltou a acontecer...

Cai de joelhos no chao, com a mao sobre os dois buracos. Ele-ele era um vampiro?!
A minha visão começou a ficar desfocada.

-Watashi...

Pus uma mao na cara, estava a sentir-me fraca. Nao podia crer em tal coisa. Os
vampiros nao existem, sao apenas ficção...

-Os vampiros nao existem...

Levantei-me com um pouco de esforço, tentei aguentar-me em pé. As minhas pernas
tremiam imenso. E eu ainda nao acreditava no que me tinha acontecido.

-Nao existem...

Tudo ficou negro e senti a minha cabeça a bater em algo, assim como o meu corpo.
Perdi os sentidos.

Tal e qual como quando foi a Jun...
Também ela caiu e disse não acreditar em nós...
Agora ela era a minha bride... Quer eu queira quer não...
Levantei-me... A Jun faz-me falta mas tenho de seguir com a minha vida para a frente...
Peguei na rapariga e levei-a até ao seu futuro quarto.

Cheguei à porta... Estava à espera da Sarah...

-Demoras muito?

Abri a porta...
Fiquei à espera dela do lado de fora.

Passei por ele, estava a ser rude comigo. Eu nao gosto disso.

-Nao, nao demoro! Desculpa por nao ser agil como um vampiro!

Disse, com um tom zangado. Parei á beira do portao, nao parei até chegar lá.
Foram uns 300 metros sem lhe dirijir o olhar nem palavra.

Fui até ela...
Que rapariga estranha...

-Isso tudo por causa do teu sangue?

Olhei para o chão...
Depois ergui a cabeça e revirei os olhos.

-Queres que eu te minta para te sentires feliz? Não... não foi o melhor sangue que eu já bebi... Na realidade eu já tive outra bride! Não estou a dizer isto só por dizer... Eu preferia o sangue dela ao teu!

Sai de casa.

Baka! Nao era preciso teres sido tao rude.

-Ok! Muito bem! Que bom para ti!

Abri o portao, sai e bati com ele de força. Este caiu e fez bastante barulho, vi que
aquele maldito vampiro já ia mais á frente. Virei-me para a direcção oposta e começei
a andar.

-Quem precisa de um vampiro? Se gosta tanto do sangue da sua antiga bride porque
nao o bebe?

Começei a andar, mais depressa. Um pouco depois já estava a correr, ele enervarva-me
tanto!

Cheguei com a Sarah...
Andei sem falar nem olhar para ela...
Entrei dentro de casa com as mãos atrás da cabeça...
Fui em direcção do meu quarto.

Ele parecia-me irritado, com ciumes e um pouco mais para marte do que para a Terra.

-Nao fales que nao é necessario!

Fui em direcção á sala, onde me iria instalar para falar com alguem, ou simplesmente
ver telivisão.

Planei sobre a entrada em direcção ao jardim.
Estava cansada, tinha voado muito...

Cheguei á entrada, sentei-me sobre o muro á espera. Olhei para o céu.

-Aff, ainda estou a tempo de recusar...

O Hiro chegou, com o sorriso na boca e com um saca nas maos. Chegou á minha beira.
Cumprimentamo-nos e falamos um pouco.

-Vamos agora?!
-Hai...

Eu e o Hiro saimos, antes de passar o portao. Olhei para tras, suspirei e voltei-me
para a frente.

Chegamos a casa, vinhamos os dois a rir. Paramos em frente ao portao.

-Obrigada por esta distracção...e por me ouvires!
-Nao tens de quê! Tens ai uma pessoa que uiui! É melhor teres cuidado, se ele é
como tu disseste...até eu tenho de ter cuidado.
-Baka, eu nao me vou apaixonar por ti...

Ele fez um olhar triste, mas essa era a verdade. Apenas queria encontrar amigos,
nada mais. Ele entregou-me a saca, olhei lá para dentro. Tinha uns leques e um
kimono.

-A-arigatou! *-* Nem sei como agradecer!
-Nao tens de quê! Precisas disso para conseguir dançar as danças tradicionais! Foi
só um pequeno presente! Nada mais!
-Entao, até um dia...
-Hum...ok...Bye!

Ele foi-se embora, respirei fundo e entrei em casa. Estava tudo muito silencioso.

Cheguei à entrada apressado e abri a porta.
Uma alta e elegante mulher fazia-se acompanhar por um homem forte.
A Mulher abraçou-me do mesmo modo que uma mãe abraça o filho que volta da guerra.

-Kento-chan!!!

Gritava enquanto me beijava a cabeça.

-Mãe...

Assim que me largou precipitou-se para dentro de casa.
O meu pai cumprimentou-me com um aperto de mão.

-Onde é que ela está... Quero vê-la!

Gritou andando a vasculhar a casa.

Cheguei a casa do Kento, pisquei os olhos duas vezes. Sentia presença de dois
vampiros.

-Kento!!

Toquei á campainha, esperando que ele viesse abrir.

Vim até à entrada e manti a guarda antes de abrir.
Abri a porta e vi o Takara.

-Ah... És tu?

Respirei fundo.

-Anda... Está aqui uma pessoa que te quer ver.

Olhei para ele, uma pessoa que me queria ver?

-A Kaori-san está cá? *--*

Entrei atrás dele, vi a Sarah a descer as escadas.

-Ohayou Sarah-chan!

Ela olhou para mim e sorriu, acenou com a mao.

Acenei com a cabeça.

-Okka-san o Takara está aqui!

Gritei.
Como uma flecha ela correu até à entrada e abraçou-o.

-TAKARA-KUN! Há quanto tempo!

Sorri.

-Sabes que ele assentou? Arranjou uma bride.

Os seus olhos brilharam.

-A sério... Eu quero ir conhece-la!!!!

Ela fez beicinho e virou-se para mim.

-Depois do pequeno almoço...

Olhei para o Takara.

-Pode ser... Não pode?

Abraçei a Kaori-sama tambem. Andando com ela á volta.

-Sim, arranjei uma bride.

Olhei para o ar com um pensativo. Seria suicidio...?

-Ok! Depois do pequeno-almoço!! Aposto que o Kento já tomou o dele!

Disse, deitando a lingua de fora. Depois olhei para o Kento.

-Vim buscar as minhas coisas....preciso delas, pois agora vou ficar em casa da Yuu-chan!

Ri-me.

-Já..

Ouvi que ele ia morar com a Yuu.

-Finalmente arranjaste um local onde morar.

Ri.

-Anda... Vem cumprimentar o meu pai e já vais buscar as tuas coisas.

-Ok!!

Disse, levantando uma mao e seguindo o Kento e a Kaori-sama.

Cheguei a casa de Sarah...
Senti a presença de dois vampiros, franzi o sobrolho.
Olhei para Narumi.

- Vais gostar do Kento...Ele é muito simpático!

Disse, sorrindo.
Toquei á campainha, esperando que ele viesse.