Cheguei ao cemitério, sentei-me em cima do túmulo do meu Onii-san. Depois, olhei para o céu. Nao se dava para ver absolutamente nada. O cemitério era mesmo escuro... Mas, apesar de tudo, eu nao tinha medo de nada.
Senti lágrimas a escorrerem pela minha face... Eu estava novamente chorando. Detestava chorar, principalmente á frente do meu Onii-san.
Limpei rapidamente as minhas lágrimas e sorri forçadamente. Olhei novamente para o céu negro e escuro.
-Onii-san........ Tenho saudades...
Disse, com uma voz fraca e baixa. Nao sei porque, mas sempre quando chegava ao cemitério e sentava-me ao túmulo do meu irmao, eu de repente começava a chorar do nada.
Talvez fosse a emoçao e a saudade que de vez em quando me atormentam... Mas eu detesto chorar.
Fechei os olhos e baixei a cabeça. Senti mais lágrimas a escorrem-me pelo rosto, mas tentei evitar. Limpei-as novamente e levantei a cabeça.
Olhei mais uma vez para o céu negro. Sorri. Pûs a mão no peito e fechei os olhos. Em seguida, comecei a cantar lamentosamente...
Eu estava distraído, olhando para frente, observando um vulto qualquer. Até que paro e ouço uma voz suave, semelhante á de uma rapariga.
Virei-me para trás e avistei uma garota de cabelos longos a cantar. Levantei-me do túmulo onde estava sentado, fui aproximando-me da estranha rapariga.
Cheguei até o mais próximo possível dela. Depois, olhei para seus cabelos.
Em seguida, andei mais 2 passos á frente. Olhei para a rapariga.
-Tu és uma humana? Mas o que fazes aqui?
Disse de maneira seca e rebelde. Depois, bocejei, olhando para a rapariga.
Ouvi uma voz por trás, assustei-me. Dei um salto para frente e parei de cantar. Em seguida, virei-me rapidamente para trás, olhando para o estranho rapaz.
-Q-Quem és tu?!?! O_O
Disse, assustada. Jamais havia visto um rapaz tão estranho como aquele.
Olhei para a rapariga assustada, suspirei.
-Ninguém do seu interesse. Apenas um rebelde...
Respondi-lhe. Depois, sentei-me num túmulo mais próximo, olhando para a rapariga.
-E tu? O que é que fazes num cemitério como este? Sabias que é um lugar perigoso? E ainda uma rapariga... Devias estar é com medo de um lugar como este.
Levantei-me com dificuldade. Minhas pernas estavam a tremer. Passei a mão pela minha camisola, limpando-a.
Olhei para o rapaz.
-Eu nao me importo por quanto seja perigoso! Eu....... nao me importo!
Disse, ainda tremendo de medo. Aquele rapaz olhava-me estranhamente... E sua personalidade metia medo...
Fechei os olhos e suspirei. Depois, voltei a abri-los novamente. Olhei para a rapariga.
-És mesmo corajosa. Saibas que aqui existem vários tipos de vampiros, e deves ter muito cuidado para nao te tornares uma bride de um deles.
Disse. Depois, olhei para o lado.
-Mas ok. Se tanto insistes... Nao posso evitar.
Parei naquele momento, minhas pernas perderam força. Tropecei e caí para trás, olhando assustada para o rapaz.
-Va....Vampiros? Mas... Afinal... Quem és tu?!
Levantei-me do túmulo e aproximei-me da rapariga. Ri-me.
-Se queres tanto saber... Bem... Eu sou um vampiro. Mas nao é necessário te assustares. Eu nao gosto de sangue e nao faço ninguém bride.
Disse. Depois, olhei para o lado.
-O meu nome é Matsuka Ken. Sou um vampiro rebelde. Mas nao machuco os humanos.
Meus olhos abriram-se. Ele era... um vampiro!! Levantei-me rapidamente e afastei-me, assustada.
Ele olhou para mim e suspirou, mas permaneceu em seu lugar.
Parei de andar para trás, olhei para ele. Algo me dizia que ele era inofensivo. Ganhei coragem e aproximei-me dele.
-E... Eu sou Yuuki!! Yuuki da família K-Konami!!
Disse, um pouco gaga. Minhas pernas ainda tremiam, mas tentava conter-me.
Olhei para ela e sorri amigavelmente.
-Yuuki? Belo nome! É um prazer conhecer-te.
Disse com simpatia. A rapariga ainda continuava imóvel e assustada. Suspirei.
-Vá... Nao precisas assustar-te. Eu nao machuco os humanos.
Ela engoliu em seco. Depois, parou de tremer.
-É-É um prazer conhecer-te.... K-Ken!
Disse, tentando recuperar-me.
Depois, sentei-me num dos túmulos, olhando para ele. Algo enchia-me de curiosidade... Nao resisti em perguntar.
-Mas... P-Porque nao machucas os humanos?
Perguntei-lhe. Depois, baixei a cabeça. Sintia um calafrio... Nao devia de ter perguntado.
Olhei para ela, ouvi a sua pergunta. Encolhi os ombros e suspirei.
-Bem... Nao sei. Quando eu morri, acordei como se fosse um vampiro. Também nao sou de entender dessas coisas, se é que podes me entender...
A rapariga olhou para mim e a acenou a cabeça afirmamente. Sorri. Pelo menos alguém que me compreendia...
Depois, olhei para o lado.
-Bem... Eu tenho de ir. Depois nos vemos. Boa sorte, rapariga.
Em seguida, desapareci nas escuridões.
Olhei para ele a desaparecer. Cerrei os punhos. Embora estivesse nervosa e com medo, sinto que ele foi amigável e gentil... Devia de recompensá-lo um dia destes.
Levantei-me do túmulo, andei rapidamente até a saída do cemitério. Depois, olhei para trás.
-Ken...Pensei. Ele era um vampiro... Mas... Porque nao me fez bride? Porque é inofensivo aos humanos?... Porque?....
Saí do cemitério encolhida. Estava assustada com o que havia visto.
Fui em direcção á minha casa.